Para entender o plano estratégico de Barcelona

 SP2040

Pla Estratègic Metropolità de Barcelona – Visión 2020. Eis o nome, em catalão, do plano estratégico de Barcelona, cujo horizonte de trabalho é o ano de 2020. Da última versão divulgada em novembro de 2010, colaboraram 650 especialistas, todos eles envolvidos em projetar o futuro de cidade, consolidando-a como uma das mais atraentes e influentes do continente europeu. Em nome desse objetivo, o plano foi estruturado em torno de alguns desafios, entre eles:

  1. Sustentabilidade e mudanças climáticas. Transformar Barcelona em marco de sustentabilidade para as cidades “quentes” (ou seja, de temperaturas mais elevadas) e modelo mundial de políticas urbanas com prioridade na eficiência energética e na redução da poluição
  2. Líder global em setores de conhecimento. Enfatizar a promoção dos setores capazes de obter liderança em nível mundial – design, arte, saúde e esporte, por exemplo
  3. Sociedade diversa e instigante. Responder às crises com ênfase no social, o que vai resultar em ações nos campos da educação, da cultura, do espaço público, da mobilidade etc.

Outras metas há, como a de elevar Barcelona à posição de metrópole global (o que pressupõe um elevado padrão de qualidade de vida e social) e de capital do Mediterrâneo (o que irá repercutir positivamente nas conexões mundiais, caso dos países da América Latina e dos BRICs).

O plano estratégico começou a ser esboçado no início dos anos 90, aproveitando a mobilização em torno dos Jogos Olímpicos em Barcelona. Naquela época, o foco de trabalho era fazer da cidade um centro internacional de serviços e consumo; assim, foram estabelecidas “frentes” de ação, tais como a redução dos desequilíbrios sociais; a formação de recursos humanos; e o investimento em infraestruturas, entre outras. Entretanto, o quadro de recessão econômica colocou em causa a continuidade do plano, que ganharia inúmeras versões ao longo das décadas seguintes. Finalmente, em 2010, foi apresentado o Plano Estratégico Metropolitano de Barcelona (PEMB), que serve de referência a 36 municipalidades, onde vivem mais de três milhões de pessoas.

Importante ressaltar que o Conselho deliberativo do PEMB é composto de 300 instituições e representantes da sociedade civil que participam da reflexão, da coordenação e da gestão do plano estratégico. A respeito de Mobilidade e Acessibilidade, por exemplo, assunto que desperta atenção mundo afora, está programada uma serie de melhoramentos, caso da construção de mais uma linha de metrô (a de nº 9) e da linha de trem de alta velocidade entre Barcelona e a fronteira com a França. Em relação ao Meio Ambiente, outro tema de interesse mundial, o PEMB aposta no desenvolvimento tecnológico para tornar viável um sistema de água sustentável, assim como na requalificação de inúmeros bairros da metrópole catalã.

Quer saber mais? Acesse olink com a versão em inglês do PEMB. E, para ler no nosso idioma, clique aqui.

(Texto de Marion Frank)

Sobre Marcos O. Costa

Arquiteto Urbanista formado pela FAU Mackenzie com mestrado em estruturas ambientais urbanas pela FAUUSP. Associado à Borelli & Merigo, onde desenvolve projetos nas áreas de edificações e urbanismo. É professor da FAAP e da Escola São Paulo. A publicidade exposta neste Blog é de responsabilidade da Wordpress
Esse post foi publicado em Urbanismo e marcado , , . Guardar link permanente.

Deixe um comentário